O meu contato com a Kasinski Comet existe desde o primeiro ano dela aqui no Brasil, ainda em 2006. Até hoje me lembro de quando eu andei naquela versão 2006 amarela que todos a confundiam com um modelo de 600 cilindradas. Na época ainda carburada, custava mais de R$ 14 000. O preço elevado e a falta de adequação para o nosso mercado nunca a tornaram um sucesso de vendas. Além desses detalhes, a base mecânica possuía alguns gargalos que não ajudavam em seu desempenho, pois a qualidade da ficha técnica como bengalas invertidas, freios a disco nas duas rodas e um motor bicilíndrico, não significavam muito na prática.
O tempo passou e desde que a CR Zongshen adquiriu a Kasinski, muita coisa mudou. Ela recebeu diversas alterações estéticas e mecânicas — ganhando a injeção eletrônica — e o seu preço foi reduzido para R$ 11 700. Com esse novo posicionamento comercial e as melhorias mecânicas e estéticas, as vendas melhoraram consideravelmente, mas ainda longe de incomodar Honda e Yamaha. Mesmo assim, cinco anos mais madura, a Comet está mais em forma do que nunca. Tropicalizada e com uma série de modificações começa a se tornar uma opção a se considerar nessa categoria, mas devemos tomar cuidado.

O visual é de longe o mais bonito entre as naked 250/300 e seu porte avantajado ainda a confunde com um modelo de 600 cilindradas. Itens como as bengalas invertidas, banco bipartido, lanterna traseira de led entre outros detalhes a deixam diferenciada em relação às demais motos dessa faixa de preço.
Contudo, ao subir na moto, lembrei-me de uma característica de 2006. A posição de pilotagem da Comet é diferente, nem esportiva e nem confortável, simplesmente exótica. O guidão aberto está localizado longe do piloto e é necessário andar com os braços bem esticados, prejudicando o conforto. Esse problema de postura acaba incomodando aqueles que buscam andar com a moto no dia a dia em distâncias maiores. A Kawasaki Ninja 250R — de visual bem esportivo — é bem mais agradável nesse ponto.
Durante a minha avaliação com a Comet, rodei bastante em São Paulo e fiz um bate volta em Mogi das Cruzes onde pude sentir algumas sensações e tirar rapidamente as minhas conclusões.
O motor bicilíndrico é o seu ponto forte. Com 32,1 cv de potência, a Comet consegue um desempenho superior em rodovias em relação à Honda CB 300R e Yamaha Fazer 250. Viajar a 120 km/h é mais fácil e tranquilo para o pequeno motor que roda em rotação baixa e cheio de fôlego na reserva. Em pista de testes, é possível chegar até 150/160 kmh indicados, dependendo do vento. Somente em altas rotações existe uma incomoda vibração nas pedaleiras, mas como raramente andamos nesse ponto do conta-giros, não chega a ser um problema. Na cidade, perde-se um pouco de agilidade devido ao câmbio de relações longas e ao peso da Comet que atinge 160 kg. De qualquer maneira, a injeção eletrônica proporcionou à Comet um funcionamento muito mais linear e agradável e o ronco do bicilíndrico é bem mais agradável do que os modelos monocilíndricos.

O câmbio é preciso e permite engatar as marchas facilmente, contudo, não são “justinhos” como o da CB 300, por exemplo. De qualquer maneira é digno de elogios.
O ponto negativo da Comet fica por conta da ciclística. O posicionamento no qual o piloto senta muito para trás, faz com que o piloto apoie pouco peso na dianteira, prejudicando a ciclística da motocicleta. Além disso, a qualidade do chassi e das suspensões não colaboram nesse sentido.
O chassi do tipo parafusado não é dos mais robustos e a geometria do trem dianteiro, não transmite muita estabilidade quando apertamos o ritmo. Tal sensação é pronunciada pelas bengalas que não passam “feeling” do piso, tornando a pilotagem menos agradável. A suspensão traseira carece de progressividade. Qualquer irregularidade ou “pedrinha” é transmitido para o piloto de maneira rude. Ambas as suspensões poderiam ser mais macias no início e mais rígidas no final para trazer mais conforto e estabilidade. Os freios são razoáveis, mas o dianteiro precisa de força por parte do piloto para parar. O traseiro é mais eficiente.
Quando rodamos mais de 100 km, sinto falta de algo mais amigável, pois o desconforto começa a aparecer. No mais, a Comet é uma moto agradável de pilotar. Com ela, nos sentimos em uma moto maior e os leigos acreditam que é um “motão”.
O painel digital com regulagem da intensidade da luz, o escape em inox entre outros fatores, mostram o capricho em alguns detalhes. Para ser sincero, ela possui um acabamento razoável e aceitável pela categoria.
Resumindo, a Comet está em sua melhor forma, mas demorou muito para alcança-la. Sendo assim, o projeto dela precisa ser revisto para que ela possa ser uma moto mais usável no dia a dia. Se ela ganhasse um chassi mais moderno que permitisse uma posição de pilotagem mais confortável e suspensões mais progressivas, já seria muito melhor.
De qualquer maneira e sem querer justificar, ela é uma opção diferenciada se você não roda muito no dia a dia e usa a moto com maior frequência em estradas. Apesar de não ser muito confortável, permite uma viagem curta 100-150 km sem maiores problemas. Agora se você andar com garupa, finge que nunca leu isso e esqueça a Comet.
A moto é perfeita, viajo muito nunca deu problema a minha GTR EFI, quanto a ciclistica é boa pra quem ta acostumado a andar de motos maiores nao sente nada ja que a comet possui sua pilotagem mais esportiva é logico que a ninja vai ser mais confortavel, sua ciclistica é bem menos esportiva que a comet, o chassi da moto é muito bom !Moto de mais !
Abraços !
eu to em duvida, se eu compro uma fazer 250cc ou a comet250cc!! qual moto vcs me aconselhao????
Aconselho a Comet gt 250 claro, ela tem muito mais potência e muito mais porte que a Fazer.
Abraços.
Acabei de comprar a Comet preta, muuuuuuito linda, por enquanto estou super satisfeito, tomo mundo me pergunta se ela é uma 600.
Muito bom o teste. Eu estou em um consorcio da Bros ESD, a carta de crédito fica em torno de R$9.900,00, quase o preço da comet gt 250, que caiu para R$9.990,00. O que acham?
Abraços.
não conhecia a versão sem carenagem, mto fera!
O grande diferencial desta moto é o motor, realmente muito mais potente que a concorrência, o apelo visual conta muitos pontos também. Tenho a versão GTR da moto a quase 1 ano e estou muito satisfeito. Passei da Honda para a Kasinski sem arrependimentos. Moto show! Recomendo.
depois dessa ultima semana, eu que sempre achei as comets motos interessantes, mas ficava com um pé atraz, defini de vez essa minha duvida e nao compraria uma kasinski tao cedo.
na comunidade do orkut da Comet 250gtr foram no minimo 4 casos só essa semana, de vazamento de óleo das motos, jorrando o oleo na pista e na roda traseira, com a moto parando de funcionar, pessoas que estavam a 130km/h e isso aconteceu, e só nao caíram por pura sorte.
acho que a kasinski tem que dar uma olhada nisso, pois parece um problema cronico das gtr 10/11 inclusive nas 650 caso tbm relatado na comunidade.
voces poderiam dar uma investigada, e dar noticias sobre isso.
abraços
Eu acredito que a melhor forma dela é na versão carenada, a GTR, onde a posição de pilotagem faz mais jus à proposta esportiva. Sem falar que o visual é lindo, ganha com margem da naked e não é a toa que tenho visto tantas, todas carenadas.
Quero pegar uma carenada no final do ano e esse comparativo está saciando várias dúvidas sobre a moto, apesar de não ser exatamente a mesma dá pra usar como base.
Gostei da revisão da motocicleta, faz sentido.
Acho que vale a pena mencionar que no texto a lanterna traseira de LED é citada como um diferencial na categoria, sendo que a YS Fazer 250 em seu atual modelo, já traz isso de série.
Abraço !