Prezadíssimos amantes da velocidade, para começar hoje, gostaria de falar sobre o clima do TT, o Tourism Trophy da Ilha de Man. Não o clima de 16 graus chegando a sensação de 7 graus celsius com vento gelado, mas sobre astral do local. Claro que o evento secular possui um forte viés comercial, com “souvenirs” e “coisinhas” de tudo quanto é tipo sendo vendido em barraquinhas especializadas. Mas a diferença é o motivo. Não é uma venda opressiva, como podemos observar em vários eventos do gênero. O produto está lá em barracas, muitas vezes precarias, nada de glamour, nada de luminosos tentando fazer você pensar que aquela camiseta é necessária para você participar do evento, e pior, para você se definir como motociclista. Isso é legal, e democrático. Virtualmente, qualquer um pode colocar algo para vender, há associações de Marshalls (Fiscais do evento), fundações de motociclistas, como o caso de Joey Dunlop (falecido em 2001), pessoal independente vendendo bandanas, assinaturas e fotos para serem estampadas no sidecar, e por aí vai.
Isle of Man TT / Dia #3 – Três Corridas, Três Vezes Dunlop
Se o Rafael Paschoalin decidisse fazer um produto com a sua grife, poderia vendê-lo na sua barraca, os pilotos trafegam sem segurança, e oferecendo autógrafos e poses para fotos no meio da verdadeira feira de duas rodas que é o evento. As corridas e treinos são um pedaço da alegria e da experiência de se pilotar uma moto, ou seja, um pedaço que complementa o motociclismo. Falando em corridas, Michael Dunlop está se mostrando uma verdadeira lenda do TT: três provas, três vitórias. Veja o resultado da corrida de Super Stock de segundona:
O Rafa Paschoalin está em uma maré de azar, preparado para largar na fila do grid (a largada é um a um), vazou combustível do tanque, e houve um princípio de incêndio rapidamente controlado, porém foi motivo para tirá-lo da corrida ainda sem largar.
De qualquer forma, seguem algumas tomadas da Ilha:
Nesta nova tomada que fiz ontem na base de uma das descidas (Union Mill (3)) da cidade de Douglas, dá para perceber a precisão necessária para contornar as curvas acima dos 200km/h passando a centímetros da calçada, árvores e muros:
Agora com o mesmo trecho com visão traseira da passagem, mostra que um erro significa nada além da morte do piloto:
Keep riding!
Animal demais.
Valeu pelo comentário Wellington, sim, o evento é muito bom, aguarde o boletim de amanhã.
Abraço,
Roberto Severo