Harley Davidson XL 1200 CB
Texto: J. Dionysio
Fotos: J. Dionysio
Não dá para negar que andar em uma Harley mexe com qualquer pessoa, por mais apegada ou acostumada com sua marca de preferência. E este fim de semana foi como um final de semana no “playground“. Muitas motos, muita gente bonita, muita moto boa. E ainda ouvi alguém dizer: “é a profissão que qualquer um gostaria”.
Com um visual agressivo e características bem acentuadas testamos o novo modelo da categoria das Sportster da Harley Davidson, a XL 1200 CB, uma moto da linha Dark Custom, com cara de “brava”, perfil jovem e urbano. Faz parte da linha também o modelo XL 1200 CA.
Logo de cara o guidão chama a atenção com suas linhas dizendo, sou “Harley“. Um pouco mais alto, com os retrovisores deslocados levemente a frente, tendo abaixo das manetes, estrategicamente posicionados as luzes de sinalização. Somando ao visual robusto, o seu largo pneu MT90 calçando as rodas preta raiada (fera).
Os novos controles de mão são mais ergonômicos, podem confundir no primeiro momento, mas rapidamente acostumamos e notamos as diversas informações disponíveis no painel logo abaixo do velocímetro: indicador de marcha, rotação do motor, relógio, odometros total e parcial (2), conta giro, além das luzes espias normais: neutro, nível baixo de óleo, etc. Por estarem no painel e não no tanque, como na maioria das custom, torna a leitura destes muito mais rápidas.
Esta moto pode enganar os mais desavisados, com sua silhueta afinada, esconde bem toda a força gerada pelo generoso motor Evolution™ de 1.200 cm³, bi cilíndrico em V (8,9 mkgf a 3500 rpm), que permite desfrutar de toda potência, tanto em baixa velocidade na cidade (não precisa mudar de marcha a todo momento), como em alta, pelas estradas, curtindo um fim de semana graças a entrega do torque máximo deste motor ser a 3.500 rpm.
O tanque de 17 litros além de oferecer uma boa autonomia, é um item do design marcante. Estilo Peanut (apareceu pela primeira vez na Harley-Davidson em 1948 (inspiração para o nome Forty-Eight), a pintura Hard Candy Custom™ disponível como opção em dois tons diferentes. Falando em autonomia o consumo em nosso teste ficou na casa dos 18 / 19 km/litro, uma vez que não exageramos no da direita, nosso foco foi pilotar com prazer.
Segurança foi um item de destaque da marca, com disco simples na dianteira e na traseira, com ABS de série, deixa as frenagens muito eficientes e seguras.
A tocada suave em pistas sem buracos é garantida pela suspensão macia (curta como em todos os modelos e não apta para as ruas esburacadas), e pela transmissão por correia, típicos da marca.
O banco em forma de “concha” é bem confortável (não podemos levar em conta o banco do carona, carente de um “upgrade”), as pernas ficam em boa posição nas largas pedaleiras, um pouco menos esticada que nos demais modelos. Detalhe: ter cuidado em curvas e nos corredores urbanos, pois esta moto é leve e ágil no transito urbano, apesar da vocação estradeira de origem, o guidão alto atrapalha um pouco no corredor .
Sempre procuro considerar em minhas avaliações as origens e confiabilidade da marca, algo que nesta nota-se a seriedade e compromisso com o usuário. Um centro de treinamento de mecânicos, com regras rígidas de formação. A evolução de cada mecânico é escalonada em períodos, ou seja, passa de um modelo de moto para outro paulatinamente, observando a experiência adquirida em ambiente de sala de aula que deixa qualquer marmanjo de boca aberta por sua organização e limpeza. Cada mecânico formado neste centro sai apto a trabalhar em qualquer oficina da marca em qualquer país.


Concluindo, acredito que a Harley mais uma vez acertou em um modelo que poderá, com certeza, atender um grande número de usuários da marca, pois alia várias qualidades importantes como tamanho, peso, potência, tecnologia e beleza.
Gostaria de mais detalhes sobre a suspensão pois a minha, quando passa em qualquer ondulação ou buraquinho mínimo, parece que bate ferro contra ferro e com garupa é pior ainda, mesmo a regulagem estando pro peso máximo nos amortecedores.
Comprei um modelo parecido, XR 1200R e a mesma apresentou problemas com o velocímetro (digital) com menos de 100km rodados..,, na concessionária testam e dizem não encontrar problemas… depois de ter uma CB400 com mais de vinte anos de uso e sem problemas, a HD precisa melhorar ainda!
2 perguntas ao Best Riders! Os testes pararam ou terão outros em breve? O Roberto Severo não escreve mais para vcs?
Bom dia Oswaldo.
Estamos com novos testes de moto sendo realizados. O Roberto Severo está com a gente sim. Grande abraço.
Olá Quando vocês dizem que este é um tanque peanut, estão equivocados, tanques peanut são somente da sportster 48 que não é o caso da moto testada.